Abstract:
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O presente trabalho trata da medicalização no processo pedagógico, e possui como objetivo analisar a representação social de professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental a respeito do fenômeno, a fim de aprofundar o conhecimento sobre como o mesmo está sendo percebido dentro dos espaços escolares, e quais são suas possíveis implicações no processo pedagógico. Destaca-se a adoção de uma perspectiva que considera o desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores a partir das relações históricas e culturais. Este estudo é uma pesquisa exploratória, na qual se empregou pesquisa bibliográfica, bem como entrevistas semiestruturadas, a fim de levantar informações em campo junto a nove professoras atuantes nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Como referencial teórico para dar suporte às análises das falas das docentes, destaca-se a Teoria das Representações Sociais. A análise das entrevistas foi desenvolvida a partir de cinco blocos de ideias: Fundamentos conceituais e elementos formativos; Causas e consequências; Papel da escola e dos professores; Avaliação a partir do cotidiano escolar; Práticas e encaminhamentos. Foram verificados contrastes nos discursos das professoras, por vezes sendo favoráveis ao uso de medicamentos – apesar dos possíveis riscos –, por outras recusando a ideia de sua utilização. Suas representações apresentam-se, em linhas gerais, próximas ao discurso naturalizante das dificuldades do processo pedagógico. |