dc.contributor.advisor |
Motim, Benilde M. Lenzi |
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dc.contributor.author |
Brasil, Manuela Salau |
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dc.date.accessioned |
2012-07-03T15:02:11Z |
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dc.date.available |
2012-07-03T15:02:11Z |
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dc.date.issued |
2011 |
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dc.identifier.citation |
BRASIL, Manuela Salau. A produção social das utopias: uma análise a partir da economia solidária. 2011, 284 f. Tese (Doutorado em Sociologia). Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2011. |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
http://ri.uepg.br:8080/riuepg//handle/123456789/739 |
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dc.description.abstract |
No presente trabalho analisamos em que medida a economia solidária vem se
constituindo em um espaço de produção e vivência de utopias. Na defesa de
uma acepção positiva do conceito de utopia, utilizamo-nos do aporte teórico de
Ernst Bloch e, para relacioná-la com a economia solidária, ressaltamos a dupla
dimensão desta, que se apresenta simultaneamente como prática e projeto. A
relação entre este par é pouco explorada na literatura sobre economia
solidária, e nossa intenção foi percebê-la através da ótica dos trabalhadores e
trabalhadoras que fazem parte de tais experiências. Para tanto, entrevistamos
22 (vinte e dois) participantes de empreendimentos econômicos solidários
durante a realização de 2 (dois) eventos de abrangência nacional no ano de
2010. Verificamos que o anseio de parte dos entrevistados e das entrevistadas
é de que a economia solidária destina-se a substituir o capitalismo, enquanto
para outro conjunto não foi feita qualquer associação entre ambos. Este último
grupo dividi-se em outros 2 (dois): um pequeno número para quem o futuro da
economia solidária se limita a uma reprodução ampliada do presente,
requerendo apenas melhorias no que já existe; e uma maior parte que acalenta
o sonho de viver em uma sociedade justa, livre e fraterna. É importante
destacar que a prática da economia solidária vem gestando a esperança em
um mundo melhor – com ou sem um embate com o capitalismo – fruto da
percepção de que este outro mundo já está em construção. Resumidamente,
para a maioria dos trabalhadores entrevistados, a utopia está presente, mas
não como único ou mais importante fator de adesão à economia solidária; além
disso, que ela tende a ser construída ou fortalecida durante a experiência
concreta e não está relacionada diretamente com o fim do capitalismo ou com
a emergência do socialismo, mas com uma sociedade melhor. Nestes termos,
a utopia, como elemento constitutivo da economia solidária, é a força que
impulsiona e é impulsionada através da prática – a despeito das dificuldades e
dos entraves existentes –, nutrida pela esperança em concretizar um projeto de
transformação para uma vida melhor. |
pt_BR |
dc.description.abstract |
In the present paper we analyze to what extent solidarity economy has been a
space for the production and experience of utopias. To advocate a positive
meaning to the concept of utopia, we drew on the theoretical framework of Ernst
Bloch and, in order to relate utopia to solidarity economy, we emphasized the
dual dimension of the latter, which presents itself as both practice and project.
The relationship between these two elements has been scantily explored in the
literature on solidarity economy, and our intention was to perceive it through the
viewpoint of the men and women workers who participate in such experiences.
To that end, we interviewed, in the course of two nationwide events in 2010, a
total of 22 participants in solidarity economy enterprises. We found that the
expectation of a part of the interviewed workers is that solidarity economy is
destined to replace capitalism, while a second group made no association
between them. This latter group of interviewees was divided into two
subgroups: a small number of workers to whom the future of solidarity economy
is no more than an upsized reproduction of the present, requiring only
improvements to what is already present, and a larger subgroup who cherish
the dream of living in a fair, free and fraternal society. It is important to underline
that the practice of solidarity economy has been gestating the hope for a better
world– with or without a struggle against capitalism–, which stems from the
perception that "another world" is already underway. Briefly, for most of the
workers interviewed, utopia is present, but not as the only or most important
factor of adhesion to solidarity economy; in addition, utopia tends to be
constructed or strengthened over the course of the actual, concrete experience,
and is not directly related to the end of capitalism or the emergence of
socialism, but rather, to a better society. Therefore, utopia, as a constituent of
solidarity economy, is the driving force of practice and is also spurred by it–
despite the existing difficulties and hindrances–, and is nourished by the hope of
actualizing a project of transformation towards a better life. |
pt_BR |
dc.language.iso |
other |
pt_BR |
dc.subject |
Utopia |
pt_BR |
dc.subject |
Utopia concreta |
pt_BR |
dc.subject |
Economia Solidária |
pt_BR |
dc.subject |
Transformação |
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dc.title |
A produção social das utopias: uma análise a partir da economia solidária |
pt_BR |
dc.type |
Thesis |
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