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CHRISTO, S. W. Biologia reprodutiva e ecologia de ostras do gênero crassostrea sacco, 1897 na baía de Guaratuba (Paraná – Brasil): um subsídio ao cultivo. 2006, 137f. Tese (Doutorado em Ciências) - Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2006. |
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No litoral do Paraná, as espécies nativas Crassostrea rhizophoare (Guilding 1828) e C. brasiliana (Lamark, 1819) ocorrem na região entre-marés e infralitoral, respectivamente. A ostra C. brasiliana considerada uma espécie de grande porte, geralmente é utilizada em sistemas de cultivo na região. Atualmente, está sendo introduzida na Baía de Guaratuba a espécie exótica C.gigas para experimentos de cultivo. Neste estudo, foram analisados as larvas e adultos de ostras das espécies nativas para verificar a distribuição e recrutamento das larvas; analisar o Índice de Condição (IC) e Rendimento da carne (R); época de maturação sexual em ostras adultas; aspectos microbiológicos das águas de cultivo e a presença de larvas e adultos da espécie exótica no ambiente natural. Para o estudo das ostras adultas foram feitas coletas em três bancos naturais mais conspícuos da região (Pontos I, II e III) e um parque de cultivo (Ponto IV). Para verificar os valores do índice de condição, rendimento e estágio de maturação sexual, foram feitas coletas bimensais nos Pontos I e IV no período de março/2003 a março/2004. A temperatura, salinidade e transparência da água apresentaram valores médios de 25°C, 28‰ e 1,50 m no Ponto I e 25°C, 27‰ e 1,20 m no Ponto IV, respectivamente. A pluviosidade média durante o período estudado foi de 170 mm. Paralelamente as coletas, foram retiradas amostras de água para análise de Clorofila-a, coliformes totais e Escherichia coli. Para o estudo das larvas foram selecionados três pontos: Ponto I (na entrada da baía); Ponto IV (no parque de cultivo) e Ponto V (no setor mediano da baía). Para verificar a distribuição espaço-temporal das larvas foram feitos 2 arrastos mensais em cada ponto, com rede de plâncton de malha 225 μm no período de junho/2003 a junho/2004. As amostras foram recolhidas, fixadas e contadas por amostragem total. O recrutamento foi avaliado, paralelamente as coletas de larvas, através de coletores artificiais colocados nos Pontos I, IV e V e trocados quinzenalmente. A média da temperatura nos três pontos estudados foi de 23°C. Os valores médios obtidos ao longo do período estudado para salinidade foram de 26, 24 e 19‰, e para transparência da água 1,60; 1,10 e 1,30 m nos Pontos I, IV e V, respectivamente. Para verificar a presença de C. gigas na região, as ostras coletadas nos bancos naturais foram submetidas à análise de eletroforese de aloenzimas e as larvas em estágio de pedivéliger à análise do número de dentes na região do provinculum. Os resultados dessa pesquisa mostraram que ostras adultas possuem uma reprodução ao longo de todo o ano com picos em períodos de elevação da temperatura da água do mar. Os valores do IC e do R são importantes para indicar as condições reprodutivas e/ou nutricionais em ostras. Quanto à distribuição espacial das larvas e recrutas, houve uma preferência pelo setor mediano da baía em períodos mais quentes do ano. Não foi identificada a presença de C. gigas no ambiente natural, através das análises de eletroforese de aloenzimas e do número de dentes em larvas pedivéliger. Os dados referentes à qualidade da água em área de cultivo, mostraram a necessidade da implantação de um sistema de depuração de ostras para uma melhor comercialização do produto na região. |
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