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Abstract:
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Esta pesquisa investiga as transmasculinidades a partir da articulação entre conceitos de corpo e território na Geografia, compreendendo a transição de gênero como um processo geográfico, político e existencial. O objetivo deste trabalho é analisar as próprias experiências da transmasculinidade a partir do corpo-território, articulando memórias, escrita e narrativas próprias e de outros sujeitos transmasculinos publicadas na Revista Estudos Transviades (2020-2022), relacionando a afirmação da identidade com o processo de disputa da masculinidade hegemônica. A pesquisa se fundamenta a partir de diálogos teóricos nos campos do gênero e epistemologias trans com Teresa de Lauretis (1987), Paul B. Preciado (2018) e Judith Butler (2019), e nos campos da Geografia e do território com Joseli Maria Silva (2009) e Rogério Haesbaert (2018; 2020). Metodologicamente, esta pesquisa adota uma abordagem autoetnográfica e de análise discursiva. Por fim, se indica nesta pesquisa a percepção do corpo transmasculino como território em constante movimento, que se faz e refaz a partir de diversas relações de poder. Afirmando o corpo como território, esta pesquisa amplia o diálogo entre a Geografia e os estudos trans, evidenciando que as experiências corporais dissidentes produzem outros modos de habitar o espaço e significar o mundo. |