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Em 2019 foi publicada legislação proibindo a construção de barragens de rejeito através do método de alteamento a montante, além disso, foi determinado a descaracterização das barragens existentes cadastradas com este método. Essa mudança foi motivada pelos desastres ocorridos em Mariana (2015), quando houve rompimento da Barragem do Fundão; e Brumadinho (2019), com o rompimento da Barragem B1; ambos causando prejuízos humanos, ambientais e econômicos de repercussão nacional. Considerando as mudanças na legislação, e o fato de que atualmente, existe ainda uma quantidade limitada de literatura nacional a respeito de descaracterização e, ainda, prazos determinados pela Agência Nacional de Mineração (ANM) a serem cumpridos pelos empreendedores para descaracterização destas estruturas, este trabalho visa suprir algumas dessas questões o objetivando estudar e analisar processos de descaracterização de barragens alteadas a montante a partir da literatura disponível, demonstrar o avanço das ações de descaracterização das estruturas existentes frente à nova legislação e desenvolver modelagens numérica de estabilidade e deformação trazendo uma solução realística e aplicável à realidade brasileira, a modelagem elaborada foi baseada em dados disponibilizados pela ANM, para compor a sua seção. Na modelagem foi possível notar que com a remoção do material as deformações foram reduzidas, em módulo e os coeficientes de segurança drenado e não drenado aumentaram linearmente durante quase todo o processo. Porém no processo de alteração de método construtivo para jusante os coeficientes de segurança coincidem devido ao fato de a forma de ruptura ser preferencial na condição drenada, com as deformações acumulando-se na superfície do rejeito lançado fino na condição drenada e na crista do maciço na condição não drenada. |
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