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A presente pesquisa possui como objetivo central compreender o que as crianças falam sobre
estar na escola de Educação Infantil, mediadas pelos protocolos de biossegurança que previnem
o contágio da Covid-19 no ensino híbrido e presencial. Para alcançarmos este objetivo,
procuramos inicialmente entender os conceitos de criança e infância pelo viés da Sociologia da
Infância, tendo como principais referências teóricas os estudos de Sarmento (2002); (2005);
Sarmento e Pinto (1997), Qvortrup (2010); (2014) e Camargo (2020), sendo possível inferir a
partir destes que a criança é um sujeito social pleno, e deve ser vista em sua completude dentro
de sua categoria geracional. Posteriormente, para compreendermos as falas das crianças sobre
o novo contexto escolar marcado pela pandemia, optamos por realizar uma pesquisa de
abordagem qualitativa e como procedimento metodológico a pesquisa ação, tendo como
instrumentos de produção de dados a observação participante e a entrevista semiestruturada.
Neste momento nos apoiamos nas teorias de Gil (2008), Godoy (1995), Jacobsen et al. (2017),
Lakatos e Marconi (2003), Machado (2021) e Thiollent (1986). Após a produção dos dados e
as análises decorrentes utilizando o método de análise da conversação de Myers (2002), os
resultados mostraram que as crianças demonstram sentimentos de amor e felicidade em estar
no ambiente de Educação Infantil, bem como sentem saudades em poder realizar brincadeiras
compartilhadas, tocar e abraçar os amigos. Também, percebemos por parte das crianças a
criação de estratégias para expressar seus sentimentos e afetos frente a impossibilidade de
contatos físicos. Ademais, esperamos com esta pesquisa contribuir com as escolas de Educação
Infantil, seus professores e funcionários, para que reconheçam e validem as falas – verbais e
não verbais – das crianças e percebam sua capacidade criativa em construir ideias e estratégias
para superar os problemas de seu cotidiano |
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