Verossimilhança, subordinação e pertecimento da mulher indígena em Criada (2009), de Matías Herrera Córdoba

Abstract

Este trabalho tem como objetivos analisar a verossimilhança, a subordinação e o pertencimento no filme argentino Criada (2009), de Matías Herrera Córdoba. O filme conta a história de Hortência, uma mulher indígena que, após a morte de seus pais, é levada para ser criada em uma fazenda por uma família branca. O estudo da verossimilhança será feito a partir do conceito formulado por Aristóteles, lançando mão de informações históricas e socioculturais a respeito do contexto da película. Os objetivos do estudo da verossimilhança são reunir dados que permitam averiguar a denúncia presente no filme e compreender analiticamente a forte relação de subordinação da criada à família, como também os laços de pertencimento ao lugar onde vive, aspectos que marcam o conflito vivido pela criada. O estudo da subordinação será realizado a partir da definição de violência familiar, com base em Adelma Pimentel, do conceito de outro, de Gayatri Chakravorty Spivak, e da identificação da tripla subordinação que sofrem as mulheres indígenas pobres, apontada por Sariah Acevedo. Na análise do pertencimento será utilizado o conceito definido por Ana Lúcia Amaral, também se contará com uma comparação com o caso da indígena Joana Baptista, estudado por Suelen Siqueira Julio. A metodologia será qualitativa, por meio da análise de uma narrativa fílmica, com o apoio de uma pesquisa bibliográfica. Espera-se que este trabalho contribua para a ampliação das investigações realizadas na UEPG sobre gênero e raça, e que estimule os estudos sobre cinema em língua espanhola, cultura latino-americana e as culturas indígenas.

Este trabajo tiene como objetivos hacer el análisis de la verosimilitud, la subordinación y la pertenencia en la película argentina Criada (2009), de Matías Herrera Córdoba. La película cuenta la historia de Hortência, una mujer indígena que, después de la muerte de sus padres, fue llevada para ser criada en una finca por una familia blanca. El estudio de la verosimilitud será hecho a partir del concepto formulado por Aristóteles, empleando informaciones históricas y socioculturales a respecto del contexto de la película. Los objetivos del estudio de la verosimilitud son reunir datos que permitan averiguar la denuncia presente en la película y comprender analíticamente la fuerte relación de subordinación entre la criada y la familia, así como los lazos de pertenencia al lugar donde vive, aspectos que marcan el conflicto vivido por la criada. El estudio de la subordinación será hecho a partir de la definición de violencia familiar, con base en Adelma Pimentel, del concepto de otro, de Gayatri Chakravorty Spivak, y de la identificación de la triple subordinación que sufren las mujeres indígenas pobres, presentada por Sariah Acevedo. Para el análisis de la pertenencia será utilizado el concepto definido por Ana Lúcia Amaral. Habrá una comparación con el caso de la indígena Joana Baptista, estudiado por Suelen Siqueira Julio. La metodología será cualitativa, por medio del análisis de una narrativa fílmica, con el apoyo de una búsqueda bibliográfica. Se espera que este trabajo contribuya para la ampliación de las investigaciones realizadas en la UEPG acerca de género y raza, y que estimule los estudios sobre el cine en lengua española, la cultura latinoamericana y las culturas indígenas.